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terça-feira, 26 de julho de 2016

Projetos valorizam cada vez mais a sustentabilidade

Publicado por http://ambiental.pectem.com/

Cristiana Furlan Caporrino
26/07/2016

A conscientização da população com relação à importância do respeito ao meio ambiente pode ser sentida em várias áreas, inclusive na de projetos. Apesar de o conceito não ser novo, sua implantação em diferentes áreas leva tempo para acontecer. É necessário que seja incorporada culturalmente, para que as inovações sejam aceitas e entendidas.
Atualmente, projetos que valorizam a sustentabilidade são bem vistos e tem reconhecimento. A beleza deixou de ser a única característica avaliada e a sustentabilidade ganhou grande importância.
Um exemplo recente é a expansão, avaliada em R$ 68 bilhões, do Aeroporto de Heathrow, em Londres, na Inglaterra. O projeto vencedor do concurso foi o do escritório Grimshaw não apenas pelos seus conceitos visionários de design, mas também por suas ideias únicas de como o Heathrow poderia ser expandido de maneira sustentável, porém viável. A proposta inicial era a criação de um espaço sustentável, que traria inovações de serviços aos passageiros, integração às comunidades locais e um mostruário do design britânico, além de também serem consideradas acessibilidade e flexibilidade.
Outro projeto interessante é de uma equipe da Austrália que alcançou a maior eficiência já registrada em células solares flexíveis não-tóxicas e com baixo custo de produção. O objetivo é que sejam usadas para envelopar todo o edifício, transformando suas paredes em gigantescos painéis solares. A ideia de edifícios de energia zero é antiga, mas tem dois grandes obstáculos: o alto custo das células solares de película fina e o fato de elas geralmente serem feitas com materiais tóxicos – CdTe (telureto de cádmio) e CIGS (cobre-índio-gálio-seleneto). Chang Yan e seus colegas da Universidade de Nova Gales do Sul mudaram isto usando uma tecnologia de película fina alternativa conhecida como CZTS, sigla dos elementos que entram em sua composição: cobre, zinco, estanho (tin) e enxofre (sulfur). Além de serem ambientalmente amigáveis, as células solares flexíveis apresentaram o mais alto índice de eficiência já obtido em células desse tipo em tamanho comercial. O índice de eficiência, de 7,6% em uma área de 1 cm², foi confirmado pelo Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos EUA.
A Suécia tem uma meta: conseguir fazer que, até 2030, o setor de transporte do país não utilize mais combustíveis fósseis. Existem soluções para diminuir as emissões dos automóveis, mas um dos desafios é reduzir a contaminação produzida por caminhões de carga que, no país nórdico, representam 15% das emissões de dióxido de carbono. Assim sendo, o país está testando uma solução inovadora: autoestradas elétricas, nas quais, os veículos pesados híbridos podem ser alimentados por uma rede elétrica graças a um sistema de distribuição de energia parecido com o utilizado nas linhas de trem ou nos trólebus. O projeto, conhecido como eHighway, foi inaugurado em um trajeto experimental de dois quilômetros da autoestrada E16, ao norte de Estocolmo.
O Atacama é um lugar bastante seco, o índice pluviométrico médio é de 15 mm por ano, mas em alguns pontos, chega a 1 mm. Essas condições são ideais para a produção de energia solar e o governo chileno está apostando nisso para o transporte público em Santiago. A ideia é que a eletricidade produzida no sul do Atacama viaje mais de 600 quilômetros até a capital chilena para suprir 42% da energia necessária para o funcionamento do metrô, previsão para final de 2017. Outros 18% da energia elétrica que moverá os trens do metrô virão do Parque Eólico San Juan, também na região do Atacama. Com isso, 60% da energia consumida pelo metrô de Santiago viriam de matrizes renováveis.
Estes poucos exemplos fortalecem a ideia de que a sustentabilidade vem sendo cada vez mais incorporada a grandes projetos.

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